Posted by : RodrigoPatoDonald quinta-feira, julho 17, 2014

Hurricanger: Quando as Sombras agem para o Bem!


Em uma semana, eu concluí Ninpuu Sentai Hurricanger. Foram aventuras de tirar o fôlego numa jornada incrível de 6 dias. Hurricanger é uma série que te prende. Talvez seja porque ficamos envolvidos com uma trama que abrange um pouco do universo da cultura japonesa. 

Na verdade, o que eu vi em Hurricanger foi uma fusão de dois sentais anteriores: Liveman e Kakuranger. Talvez eu esteja sendo precipitado em dizer isso, mas, vi claramente elementos de Liveman e Kakuranger nessa série. Por quê? Bem... Vamos analisar o que eu vi desses dois sentais em Hurricanger. De Kakuranger, eu percebi a presença dos elementos da cultura japonesa. Vimos uma trilha sonora com instrumentos tradicionais em suas melodias, figurinos baseados no universo japonês, código de honra e conduta do universo dos ninjas, enfim, essas coisas que encontramos em Kakuranger e que encontramos em Hurricanger. De Liveman, o que vemos é o uso da tecnologia espacial a favor dos ninjas (tanto os do bem como os do mal), a formação e construção do time de heróis (no início com 2 homens e 1 mulher e com as mesmas cores e símbolos de Liveman e depois chegam mais dois homens) e com mechas com os mesmos animais da série de 1988. Agora, peguem os elementos dessas duas séries e fundem-na. O que é que dá? Sim! Hurricanger! E ainda mais com um roteiro que consegue alternar entre a tensão e a forte carga dramática com a leveza e um saudável humor. O que são características dos dois sentais mencionados.

Apesar de Hurricanger possuir elementos de dois sentais, mesmo assim, ele consegue ser original. Uma trama cheia de mistérios que é levada com bom humor e que te prende. Com personagens bons, não se sabe qual podemos escolher para ser o seu favorito. Confesso que, de todos os personagens, o meu favorito é a Oboro. Ela é uma personagem que diverte e que nos inspira. Uma personagem que possui um azar incrível, mas, que mesmo assim, é positiva e leva a vida com bom humor. Outro personagem que eu gostei muito foi o simpático (mas, malévolo) Satorakura. O estilo dele é incrível. Ele é um vilão poderoso (e ele sabe disso), mas, leva tudo com bom humor e isso acaba me divertindo. Do time dos heróis, destaco o amargurado Ikkou, que, de vilão no início, se tornou um honrado herói no final. E ele foi o personagem que mais sofreu durante a série, tanto fisicamente como mentalmente. E isso fez com que eu me simpatizasse e muito com ele. Mesmo a série tendo personagens bons, ela peca com alguns, como, por exemplo, a sem-sal da Furajibo, que não vi NENHUMA utilidade importante para ela durante a série, a não ser bancar a criança mimada.

Uma das melhores coisas de Hurricanger e que me hipnotizou profundamente foi a trilha sonora, tanto nas canções como nas BGMs. As BGMs então foram um charme a parte, visto que eu curti a mistura de instrumentos tradicionais japoneses com instrumentos modernos ocidentais, dando uma boa mescla que faz a trilha sonora ser algo agradável de ouvir. Para ser honesto, eu gostei das BGMs porque me lembrou e MUITO a trilha sonora dos games Samurai Spirits e Ninja Masters (ambas da SNK). E isso me encantou.

Enfim, Hurricanger é uma série que tem bons elementos para quem gosta de elementos da cultura japonesa. Uma coisa legal também é a quantidade exorbitante de golpes que os personagens soltam. Não via personagens soltando golpes e magias desde Dairanger. Alguns golpes dos nossos heróis lembram e MUITO golpes de personagens de games da SNK (vão me dizer que vocês, que já jogaram TKOF, nunca reparam o especial da Yuri Sakazaki, o Houo Ou Rai Kyaku, sendo aplicado pelo Hurricane Red? Esse foi só um dos muitos exemplos). Não sei se foi proposital essa homenagem, visto que a SNK já homenageou alguns personagens de tokus da Toei em seus personagens, como Jetman, Kamen Rider Black, Changeman e etc. Mas, que essas referências, mesmo que tenham sido inconscientes, ficaram legais, isso ficou!

Apesar dos MUITOS pontos positivos, Hurricanger peca pelo excesso de personagens. São MUITOS (eu disse MUITOS) personagens que foram surgindo no decorrer da série e que jogou para escanteio outros personagens (pelo menos a Furajibu foi destaque só de dois episódios dos 51, o que foi um ponto positivo). Mas, tivemos MUITOS personagens que podiam ser explorados um pouco mais, como Isshu, Oboro, Wendenu, Man Marabu e Kagura Gosen. Outra falha (na MINHA concepção) é  o excesso de CGs nos mechas. Nem em séries posteriores, como Dekaranger e Boukenger, vimos esse excesso de CGs como em Hurricanger e tirou um pouco da naturalidade dos robôs. Outra falha que eu reparei foi nas cenas de ação. Apesar de o ninjutsu ser uma arte marcial bela e popular, as cenas de ação deixaram a desejar um pouco, deixando as coreografias de uma excelente luta para o lado fantasioso, visto que nossos heróis usavam e MUITO as suas respectivas magias (aliás, eles tiveram TANTAS magias que NEM decorei ¼ delas).

Enfim, termino essa review dizendo: assistam Hurricanger. Sem sombras de dúvidas, é um ótimo sentai. Com a quantidade de personagens, a chance de vocês se identificarem com pelo menos um é bem grande. Hurricanger é uma série que vai deixar marcas, principalmente se você gosta da cultura japonesa. Fica a dica. ORE... SANJOU!

{ 2 comentários... leia abaixo, ou comente }

  1. Tio Donald eu também gostei dessa série, só que eu gostei mais da contraparte Power Rangers Tempestade Ninja. Em Hurricanger me incomodava o fato de eles sempre usarem as mesmas roupas, mesmo quando eles iam pra algum lugar "civil" fora da caverna ninja. E sem dúvida o Ikkou é o melhor personagem.
    Ps1: o nome do especial da Yuri Sakazaki é Hien Hou'ou Kyaku e o Hurricane Red é Chou Ninpo Sora ga Ken.
    Ps2: uma idéia ótima que os produtores japoneses poderiam ter utilizado foi a battlizer que os produtores de Power Rangers criaram para o Shane (Ranger Vermelho do Vento).

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    1. Carlos...... agradeço suas palavras.... só acrescentando um adendo.... a Yuri Sakazaki fala "Houo Ou Rai Kyaku" (Chute Relâmpago do Rei Fênix) no TKOF 94 e 95. Do 96 pra frente, o formato do especial dela muda e realmente é chamado de Hien Houo Ou Kyaku (Chute do Rei Fênix), voltando a ser chamado de Houo Ou Rai Kyaku no Super Secreto dela em 2002. Como só jogo o 94, prefiro chamar o golpe especial dela pela sua versão antiga do que a atual. :)

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